30 novembro 2005

IMORTAL TRICOLOR!!



Esses são os heróis da volta à primeira divisão e da conquista do campeonato brasileiro da série B. Devo dizer que quando penso naquela partida, ainda não acredito no que aconteceu.
A semana passada foi uma das mais angustiantes da minha vida: noites mal dormidas, nervosismo quando pensava no jogo que estava por vir. Terrível.
Sábado eu acordei, como não poderia ser diferente, muito nervosa. Tentava achar qualquer coisa para fazer e não pensar no jogo. Não preciso dizer que não adiantava nada. Na ZH saiu uma matéria sobre o nervosismo dos torcedores; depois de ler, fiquei pior ainda. Mal conseguia falar. De tarde meu primo chegou, e eu fui buscar na rodoviária uma amiga de São Paulo que ia ficar aqui alguns dias. Voltamos para casa e esperamos ainda 40 minutos para o início do jogo. Nesse meio tempo meu irmão e a minha cunhada chegaram e a minha mãe saiu de casa (ela fica muito nervosa, foi para o shopping).
Faltando uns 5 minutos para o início da partida já estávamos todos devidamente uniformizados e em seus lugares para assistir à última batalha do tricolor.
Começou o jogo e o nervosismo aumentava. Passou um tempo e a rádio anunciou o gol da Portuguesa. Sensação de alívio que não durou muito. O Santa Cruz virou e o jogo do Grêmio ainda estava 0 a 0, ou seja, se o Grêmio levasse um gol estava tudo perdido.
Quando o árbitro deu o primeiro pênalti, que na minha opinião não foi, só consegui sentir pânico. Graças a deus o jogador errou. Bom, terminou o primeiro tempo. Todos muito nervosos aqui.
Começa o segundo, o terror do 0 a 0 aumentava. Aos 32 um pênalti do Galatto não marcado pela arbitragem. Alívio na hora, devo confessar. Dois minutos depois um pênalti inexistente marcado. Pânico, essa é a palavra que descreve o que eu senti no momento. Aqueles 23 minutos que antecederam a cobrança foram horríveis, nunca senti nada igual. Eu, meu irmão e meu primo chorando, cada um da sua forma, eu e meu primo mais quietos, meu irmão andando de um lado para o outro inconformado. Todo o trabalho de um ano jogado pela janela. Tudo perdido. Não acreditava que aquilo estava acontecendo.
Nesse meio tempo terminou o jogo no Arruda e eles ficaram mostrando as imagens dos jogadores do Santa Cruz comemorando, dando volta olímpica e tudo mais. Fiquei pior ainda.
Os jogadores do Grêmio inconformados com a marcação da arbitragem. Patrício, Nunes e Domingos expulsos. Tudo perdido. Sensação horrível e inexplicável.
Depois de toda a confusão o jogador do Naútico foi cobrar o pênalti. Começou ali mais uma façanha da história tricolor: Galatto defende a cobrança. Começamos a pular, gritar, enfim, fazer tudo que tínhamos direito depois do milagre que estávamos vendo. Mas não tinha terminado, ainda faltava alguns minutos de jogo e estávamos com 4 a menos.
Pouco tempo depois um jogador do Naútico foi expulso por uma falta forte no Anderson. Cobrança feita rapidamente. O Naútico, que não acreditava no que estava acontecendo, literalmente parou em campo e assistiu o Anderson fazer o Grêmio entrar, mais uma vez, para a história do futebol.
Não existem palavras para expressar a sensação que eu tive naquele momento. Chegava a tremer de tão nervosa e impressionada que fiquei com o que aconteceu. A única coisa que passava pela minha cabeça era: "OBRIGADA POR ME FAZER GREMISTA, OBRIGADA POR ME FAZER TORCER POR ESSE TIME QUE É IMORTAL"!
A Regina, minha amiga paulista, também não acreditou no que viu. E deve ter ficado mais impressionada ainda por ter visto aquilo na casa de gremistas fanáticos que choraram e comemoraram muito.
Minha mãe chegou em casa chorando. Até meu pai, que eu acho que nunca vi chorando, não conteve as lágrimas.
Foi algo surreal, impressionante, inexplicável, nunca visto antes.
O Grêmio caiu de uma maneira triste e vergonhosa mas subiu de uma forma digna de sua grandeza: na luta, na raça, na força dos jogadores que não aceitaram nada além da vitória. Esses profissionais vestiram a camiseta do imortal tricolor e fizeram jus a ela.
Continuo sem palavras para o que aconteceu. Mas só sei dizer que tenho muito orgulho de ser gremista e que eu amo demais esse time.
OBRIGADA GRÊMIO, OBRIGADA POR ME DAR MAIS ESSA ALEGRIA!!!

26 novembro 2005

É hoje! Tô apavorada!!

24 novembro 2005

Vingardium Leviosa


Meu bruxinho tá chegandooooo!!!

Tá, sei que parece extremamente infantil uma mulher de 24 anos escrever dessa forma, mas só posso dizer uma coisa quanto a isso: grande coisaaaaaaaaaaaaa.

Eu realmente adoro Harry Potter. Li os três primeiros livros (Pedra Filosofal, Câmara Secreta e o Prisioneiro de Azkaban) no verão de 2001. O quarto (Cálice de Fogo) e o quinto (Ordem de Fênix) comprei no dia que foram lançados. Assim também foram os filmes: fui na estréia dos 3 primeiros, sendo que no terceiro eu tive a oportunidade de estar na premiere com os atores, em Londres.

Lembro que resolvi ler porque saiu uma matéria na Zero Hora sobre o Harry, eu achei interessante e pedi para a mãe comprar. Acabei lendo, sem saber, o segundo antes do primeiro. Amei logo de cara, afinal, sou fascinada por fantasia, e também porque fiquei impressionada com a imaginação da autora (J.K Rowling); mas achei mais incrível ainda quando descobri que muitos dos personagens que existem na trama foram baseados em personagens da mitologia. O livro "O mundo mágico de Harry Potter" fala sobre isso.

O tema do meu trabalho de conclusão da faculdade foi a adaptação do livro para o cinema. Utilizei, para exemplificar, vários livros que eu havia lido e se tornaram filmes - tais como Senhor dos Anéis, A casa do espíritos, Advogado do Diabo, entre outros - porém, o objeto principal de análise foi Harry Potter e a Pedra Filosofal. Não preciso nem dizer que me diverti muito fazendo.

Muitas pessoas me perguntavam qual era o tema da minha mono, quando eu falava, me olhavam com uma cara estranha. Lembro que quando uma das professoras que estaria na minha banca chegou na sala eu comentei isso, e ela disse que não entendia porquê, afinal, Harry Potter, querendo ou não, gostando ou não, era um fenômeno. Devo confessar que meu primeiro pensamento foi: "UFA!!", afinal, ela ia dar a minha nota.

Meu ingresso para amanhã de noite já está guardado e a grana para comprar o sexto livro também. A minha ansiedade para ver um e ler o outro só não é maior que a expectativa para o jogo de sábado!!

Para aqueles que não gostam de Harry Potter, sinto muito, não sabem o que estão perdendo. Para os que gostam, se preparem porque o torneio Tribruxo tá chegando!!!

19 novembro 2005

Meu coração é tricolor!!


Sabe aquele friozinho na barriga que sentimos de vez em quando?? pois é, eu estou com essa sensação agora. Querem saber por quê??? a resposta é simples: uma das coisas que mais amo na minha vida terá seu futuro decidido em menos de 24h. Muitos diriam que estou exagerando, afinal, estamos falando apenas de uma partida de futebol, ou de um clube que sequer sabe que eu existo, ou de um bando de homens que podem não estar nem aí se o Grêmio subir ou não. Ou, quem sabe, pode ser que seja tudo isso junto.

O que eu responderia para essas pessoas seria simples, pois usaria a mesma teoria do amor entre um homem e uma mulher: tu não escolhe por quem se apaixona e se o amor é verdadeiro, ele supera as maiores dificuldades. É a mesma coisa no futebol. Eu sei que tem toda aquela história da persuasão dos pais para os filhos torcerem pelos seus times - aqui em casa não foi diferente, com 12 anos meu pai já me levava no estádio - mas se você não gosta, vai parar de ir e se o time está mal, vai largar de mão. Mas eu me apaixonei de uma forma incondicional, mesmo vendo meu time sendo detonado por certos dirigentes e jogadores. E, no meu coração, o Grêmio é maior que Obinos e afins. Afinal, eles passam, mas a instituição Grêmio é eterna.
Na década de 80 e 90 foi realmente muito fácil ser gremista, apesar de 91 e 92, mas a prova, na real, foi agora. E o mais impressionante é que a torcida do Grêmio demonstrou um amor pelo time que eu não imaginei que tivesse. Foi uma grata surpresa. Durante muitos anos ouvi que a torcida do Inter é que era fiel. Na verdade, até eu achava isso. Mas esse ano, com o Grêmio na segunda divisão e o torcedor indo ao estádio, foi a prova de que isso era mentira. Os gremistas mostraram que quando o time mais precisa eles estão presentes.
Sábado passado eu sai tremendo do estádio. Dentro das circunstâncias foi um empate heróico e até comemorável, porém, estávamos jogando em casa e a confiança da vitória estava presente em todos. Pelo menos eu estava confiante, assim como estou agora. A maneira como o tricolor jogou no segundo tempo foi digna da grandeza do clube. Não vencemos, mas os jogadores jogaram com uma raça, com uma vontade, que apesar de não ter sido um futebol de encher os olhos, foi o suficiente para provar que o Grêmio é grande e que não se entrega.

A sensação de pavor e o nervosismo do primeiro ao último minuto quando se trata de Grêmio já vem implícito no ingresso que compramos. Mas essa é uma das coisas que me fascina no futebol e no Grêmio: o poder que eles têm sobre a emoção de seus seguidores. É isso que quem não gosta de futebol não compreende.

A hora do último e mais importante jogo do Grêmio no Olímpico esse ano está se aproximando. Sim, sei que tem mais uma partida em Pernambuco, mas temos que decidir aqui, temos que comemorar aqui e terminar com esse sofrimento aqui. Temos que voltar ao lugar que um Campeão do Mundo merece estar.
"Até a pé nos iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos com o GRÊMIO onde o Grêmio estiver!!!"

13 novembro 2005

O que irrita mais: cambista ou flanelinha??

Eu sinceramente não sei qual dessas "profissões" me irrita mais.

O fato de permitirem que os cambistas vendam ingressos em volta do estádio, por exemplo, beira o absurdo. É estabelecido um preço, que não pode ser considerado barato se formos analisar a realidade brasileira, e mesmo assim permitem que esse mesmo ingresso seja revendido mais caro. Isso é ridículo. Estou me referindo ao futebol porque o fato do Olímpico não ter lotado ontem por causa dos cambistas me deixou mais irritada ainda com essa situação. Mas, na verdade, vale para qualquer espetáculo.

Lembro que em 1996, na final do brasileirão contra a Portuguesa, eu, meu irmão e minha prima fomos comprar os ingressos para a partida e não tinha mais nas bilheterias, só na mão de cambista. O preço que estavam cobrando era altíssimo, sem a menor condições. Pois bem, meu irmão foi atrás de um brigadiano e depois de ter contado tudo para ele, o cara disse que não podia fazer nada. Meu mano olhou o crachá, anotou o nome do sargento e disse que ia reclamar. Na mesma hora ele foi com a gente até um cambista e esse vendeu o ingresso um pouco mais caro, mas até que foi aceitável. De qualquer forma, eu poderia ter perdido um dos principais jogos do Grêmio porque os ingressos estavam presos nas mãos deles.

Eu acho que não deveria ser permitido que um ingresso seja vendido por um preço mais caro que o estipulado por aqueles que estão promovendo o evento.

Outra coisa que me deixa imensamente irritada são os flanelinhas. Pago caro em estacionamento, caminho horrores, mas não dou dinheiro para eles. O problema é que às vezes não temos opção. Sei que tem alguns que até são aceitáveis, já que eles pegam qualquer coisa que a gente queira dar. Mas outros exigem 5, 10 reais para deixar o carro na rua e, com certeza, não ser cuidado, já que dificilmente eles estão no local quando a gente volta.

Um grupo de amigas minhas da faculdade fizeram um documentário sobre os flanelinhas, olhando até dá pena deles, mesmo porque, como eu disse, alguns aceitam qualquer coisa. Mas, como dizem, uma maçã podre pode estragar o cesto, e eu posso garantir que nesse ramo não existe apenas uma.

O rádio que eu uso no meu carro é um toca-fitas. Eu tinha um com cd, mas foi roubado enquanto eu estava num bar com uns amigos. O detalhe é que tinha flanelinha e eu já tinha pago, até. Tenho medo de não dar antes, eles podem fazer alguma coisa com o meu carro.

Bom, se pago antes posso ser roubada, se dou depois eles podem arranhar, porque com certeza não ficarão até tarde. Então, qual é a nossa saída?? eu, sinceramente, só vejo uma: acabar com isso, não ser mais permitido flanelinhas. Da mesma forma com os cambistas. Ambas as "profissões", das suas maneiras, só existem para extorquir o nosso dinheiro. E o que mais me irrita é que nada é feito!!!

07 novembro 2005

O mundo é dos internautas!!


É um vício!!!!

Essa seria a melhor definição para a internet atualmente, pelo menos para mim.

Coloquei aqui em casa em 99, ainda com conexão discada. Ou seja, passei toda a minha vida escolar sem internet. Não sei como sobrevivi.

Na faculdade, comecei a dar valor ao poder de estar conectado ao mundo quase no final do curso. Para vocês terem uma idéia, nos primeiros semestres a gente ainda se encontrava para fazer trabalhos em grupo. Hoje em dia, com o e-mail, ninguém sai de casa. Bom, devo confessar que gostava dos encontros, afinal, como qualquer trabalho em grupo, tudo que a gente menos fazia era o trabalho.

Lembro que eu passava madrugadas nos chat do zaz. Era muito engraçado. Coitado do meu irmão, porque o computador ficava no quarto dele (agora ele não mora mais aqui) e eu passava a noite teclando. Ele nunca entendeu o que eu via de tão interessante em ficar conversando com vários desconhecidos pela internet. Contudo, ele não tinha idéia que a noite era, na verdade, uma grande aventura, porque eu passava mais tempo tentando entrar na internet do que estando na mesma, já que, por ser conexão discada, eu vivia caindo.

Outra coisa que a internet proporciona: as listas de discussões. Amo listas, participo de várias. A maioria relacionada a futebol. Se o Grêmio joga e eu estou em casa, a primeira coisa que faço após o jogo é ligar o computador para ver como foram todos os resultados, colocações, ver as discussões nas listas, dar a minha opinião, etc. Além disso, dentro desses grupos você tem a oportunidade de conhecer pessoas muito legais. Um dos meus melhores amigos eu conheci em uma das listas. O mais engraçado é que foi brigando, porque ele é colorado doente e eu gremista doente. Mas começamos a conversar, ainda na época do icq, e nos tornamos grandes amigos.

Eu ainda estou tentando entender como é que eu consegui viver 8 meses fora sem ter acesso à internet todos os dias. É um vício. Eu preciso ver meus mails, ler notícias, saber de lançamentos de filmes no cinema e dvds para vender, ver fotos, conversar, enfim, navegar na internet.
Só para constar, lendo esse texto parece que eu fico 24h por dia na frente do computador, mas não é assim. Não deixo de fazer nada para ficar na internet, mas, sempre que posso, estou conectada.

Bom, com tudo que a internet nos permite alcançar, não há como negar que o mundo está em nossas mãos!!!